Família é Tudo
Deus me abençoou com uma família maravilhosa, cheia de amor, carinho e apoio. Eles têm um papel essencial em minha vida, e sou muito grata por cada um. Ainda assim, meu desejo é que fossemos mais unidos, pois acredito que juntos somos mais fortes.
Minha mãe é uma verdadeira guerreira. Ela enfrentou inúmeros momentos de angústia e incertezas, mas nunca desistiu de lutar por uma vida melhor para nós. Sou grata por tudo o que ela fez e faz. Desde pequena, eu pedia a Deus um irmão, porque me sentia muito sozinha. Então, Ele me deu o Guilherme. Ele trouxe alegria para minha vida e um senso de completude. Quando os amigos dele vêm à nossa casa, sinto que o ambiente se enche de vida, e não me sinto sozinha.
Minha Infância
Quando eu tinha apenas um ano, vivíamos em Nanuque, onde comecei a fazer tratamentos. Minha mãe comprou um andador para mim, mas, infelizmente, ele não ajudou muito. Nesse período, minha família também se envolveu bastante nos meus cuidados.
Meus tios foram especialmente presentes. Lembro-me de um dia inesquecível com meu tio Valfredo. Ele me levava para o tratamento, mas, no caminho, precisou desesperadamente de um banheiro. No meio do caos, acabou me esquecendo e deixando meu carrinho descer uma ladeira! Quando percebeu, entrou em pânico e correu atrás do carrinho. Com muito esforço, conseguiu me alcançar e evitar algo pior.
Outro tio querido foi o Vivaldo, a quem eu chamava carinhosamente de Neném. Saíamos juntos para explorar o mundo. Esses passeios me faziam sentir que havia algo além do que eu conhecia, uma sensação de liberdade e descoberta.
Mudança para Belo Horizonte
Aos dois anos, começamos uma nova fase ao nos mudarmos para Belo Horizonte. Minha mãe enfrentou muitas dificuldades. Ela precisava me levar para tratamentos em um hospital muito distante e, muitas vezes, dependia de ônibus ou caronas.
Aos três anos, comecei a balbuciar palavras, mas apenas minha família conseguia me entender. Também nessa época, comecei a me arrastar, minha forma de explorar o mundo ao meu redor.
Minha mãe não tinha muitos recursos, mas começou a construir nosso lar aos poucos. Quando fiz seis anos, ela organizou uma festa para mim e convidou toda a família e amigos. Foi uma celebração cheia de amor e alegria.
Minha tia Ivone era muito carinhosa comigo, a ponto de me chamar de “Delícia Cremosa” e me encher de mordidas de afeto. Minha tia Neide, por sua vez, cuidava de mim e do meu irmão Guilherme como se fôssemos seus próprios filhos. Aos cinco anos, comecei a tomar banho sozinha, um marco de independência na minha vida.
Momentos de Alegria e Aprendizado
Minha infância e adolescência foram cheias de momentos especiais. Meus primos Cleide e Hebert, que eram namorados, me levavam para passear quase todos os dias. Íamos ao shopping, pizzarias e outros lugares divertidos.
Na adolescência, aos 15 anos, nossa família tinha o hábito de se reunir quase todos os finais de semana para churrascos. Em um desses encontros, comi tanta carne que passei mal. No dia seguinte, ainda não estava bem e acabei tendo uma convulsão. Foi um momento marcante. Após assistir ao filme Um Sonho de Liberdade, a convulsão aconteceu novamente. Foi quando comecei a tomar um medicamento para controlar esse tipo de evento, o mesmo que uso até hoje.
Gratidão à Minha Família
Minha família é a base de tudo. Cada membro, com sua singularidade, contribuiu para minha formação. Mesmo com os desafios, nunca faltaram amor, apoio e momentos felizes. Eles são meu porto seguro e a razão pela qual continuo lutando e acreditando em dias melhores.
Família é realmente tudo.
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