Quando Deus Silencia: É Ele que não fala, ou sou eu que não quero ouvir?



Por Kátia Santana dos Santos Lima


Tem gente que diz:

“Eu falo com Deus, mas Ele não fala comigo.”


Mas será que é Deus que se calou ou somos nós que não estamos dispostos a ouvir?


Hoje, quero te conduzir a uma reflexão profunda: muitas vezes Deus quer falar, sim. Ele tem uma direção, uma resposta, uma palavra. Mas há corações que estão fechados — não por ignorância, mas por escolha.


A Palavra deixa isso muito claro. Não é sobre escorregar em um erro, como todos nós fazemos às vezes. É sobre permanecer conscientemente em uma vida de pecado, rejeitando a verdade de Deus, Sua presença e Seus ensinamentos.


Deus quer falar, mas será que queremos ouvir?





Quando o pecado se torna uma barreira



Abrindo a Bíblia em Miquéias 3,4, lemos:

“Um dia clamarão ao Senhor, mas Ele não lhes responderá. Ocultará deles o seu rosto, por causa das maldades que praticaram.”


Duro? Sim. Mas real.

O pecado deliberado — aquele que escolhemos, alimentamos e não queremos abandonar — cria uma barreira entre nós e Deus. É como tentar conversar com alguém que não quer te ouvir. Já tentou isso com um filho, um parceiro, um amigo? Assim é com Deus também.





Deus não abandona. Nós é que O deixamos.



Jesus nunca rejeitou um pecador arrependido. Falou com Mateus, com a mulher adúltera, com Zaqueu, com Paulo. Mas todos eles tinham algo em comum: queriam mudança. Tinham o coração aberto.


Por outro lado, Herodes, quando interrogou Jesus, queria apenas zombar.

Lucas 23,9 diz:

“Dirigiu-lhe muitas perguntas, mas Jesus nada lhe respondeu.”


Não foi desprezo. Foi respeito. Jesus respeitou o coração fechado de Herodes. Assim também acontece conosco: Deus respeita quem não quer escutá-Lo.





“Eis que estou à porta e bato”



Em Apocalipse 3,20, Jesus diz:

“Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei, cearei com ele e ele comigo.”


Ouvir. Abrir. Convidar.

Três atitudes simples, mas que exigem entrega, coragem e renúncia. A iniciativa é de Deus, mas a decisão é nossa.





É duro, mas necessário



Provérbios 1,28-33 nos alerta:

“Me chamarão, mas não responderei… porque detestaram o conhecimento e não quiseram temer ao Senhor.”


Deus é amor, mas também é justiça.

Ele respeita o livre-arbítrio.

Por isso, quando escolhemos conscientemente desprezar a Palavra, Ele permite que colhamos as consequências disso.





O problema não é Deus. O problema é o nosso coração.



Isaías 59,1-2 diz:

“Não é a mão do Senhor que está encolhida, para que não possa salvar; nem o Seu ouvido surdo, para que não possa ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus.”


Não é Deus que se afastou. Fomos nós.

Nosso coração endurecido, nossas escolhas erradas e nosso orgulho fecham as portas da escuta espiritual.





Deus não impõe. Ele convida.



Em Mateus 16,24, Jesus diz:

“Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.”


É “se quiser”. Deus não força ninguém a ouvi-Lo.

Mas quando alguém decide voltar — como o filho pródigo — Deus está sempre pronto para acolher.





Conclusão: Quer ouvir a Deus? Comece pelo seu coração.



Essa reflexão é um convite para olharmos com sinceridade para dentro de nós.

Se Deus está em silêncio, talvez seja hora de nos perguntarmos: “Eu estou ouvindo? Ou eu só quero ouvir o que me convém?”


Reflita. Renda-se. Recomece.


Porque Deus não deixa de falar. Somos nós que muitas vezes escolhemos não escutar.


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